Atendendo a ofícios enviados pelo deputado estadual Hassan (PP), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a contratação de empresas de manutenção emergencial e a criação de um Centro de Controle Operacional (CCO) para monitoramento das BRs 116 e 324 durante o período junino, quando o fluxo nas estradas federais que cortam a Bahia costuma aumentar consideravelmente.
A informação foi confirmada nesta terça-feira (27), durante audiência pública da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), que discutiu o novo projeto de concessão das rodovias, proposto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Mesmo ausente por motivos de saúde, Hassan reforçou seu posicionamento por meio de solicitação ao presidente da comissão, deputado Eduardo Salles, pedindo que uma audiência pública também seja realizada em Jequié — pleito que já havia sido encaminhado em Brasília, no último dia 20.
Durante a audiência na Alba, conduzida pelo deputado Robinson Almeida (PT), críticas contundentes foram feitas ao projeto da ANTT, apelidado de “Projeto 2 de Julho”. O superintendente substituto de Concessão de Infraestrutura da agência, Stéphane Louies Georges, foi acusado de omitir informações sensíveis. “Faltou transparência em sua apresentação”, disparou Robinson.
Entre os pontos mais polêmicos do novo contrato estão o aumento do tempo de concessão de 25 para 30 anos, a duplicação do número de praças de pedágio (de 7 para 14), e o reajuste triplo nas tarifas. Segundo o deputado petista, a futura concessionária arrecadaria até R$ 76,8 bilhões em 30 anos, com lucro projetado de R$ 52,8 bilhões, frente a um investimento previsto de R$ 24 bilhões.
Ao ser confrontado com os dados, o representante da ANTT foi sucinto: “Não tem como fazer as obras com tarifas baixas”.
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