Um abismo senão um descalabro, a falta de discernimento quanto a distorção ou demência em relação às verdadeiras necessidades municipais, quando se cogita a possibilidade de pagar com o dinheiro do povo jequieense, uma atração musical para o São João 2025, que custará aproximadamente R$ 1 milhão, por pouco mais de 1 hora de apresentação.
Que o São João de Jequié é um evento importante para a cidade, tanto do ponto de vista econômico quanto cultural, não resta dúvidas. E não dizer quem o município deve contratar para a festa. Afinal, o gestor municipal tem livre arbítrio para fazer qualquer contratação, independente de preço. Entretanto, quando se trata da aplicação do dinheiro público, abre-se o direito à discussão por qualquer munícipe exatamente por ser tratar de recursos do povo, público, de interesse comum.
E nesse quesito, a razoabilidade nos gastos municipais surge como ponto central das discursões quando o município argumenta a falta de recursos para o pagamento do Piso Nacional do Professores, por exemplo, até mesmo da falta de dinheiro para terminar a obra do Centro de Abastecimento Vicente Grillo, ao ponto de pedir ajuda ao Governo do Estado, e na contramão da razoabilidade, estima gastar R$ 10 milhões em uma festa popular.
Diante desse cenário é bom ressaltar que a razoabilidade nos gastos da prefeitura deve ser um princípio fundamental da gestão Zé Cocá. Não é demais a população de Jequié esperar que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente, justa e proporcional, evitando desperdícios e garantindo a melhor aplicação dos mesmos em benefício da comunidade. Isso, nada mais é que uma forma de garantir que o poder discricionário do administrador público seja exercido dentro de limites razoáveis, ponderando os interesses públicos e privados
A contratação de Gustavo Lima para se apresentar no São João de Jequié, machuca o coração das centenas de servidores municipais que viram seus direitos trabalhistas serem arrebatados e arremessados numa infinita fila dos Precatórios.
Na última divulgação, a prefeitura de Jequié apresentou um débito de mais de R$ 230 milhões, valor referente a quantia acumulada em processos não pagos pela prefeitura e que já tramitaram no Tribunal de Justiça da Bahia.
Provavelmente, com o puro objetivo de postergar essa obrigação de pagamento do municipio, Projeto de lei nº 22/2024, propôs que débitos da Fazenda Pública Municipal, qualquer que seja, trabalhistas ou até com fornecedores, desde que não recebido e judicializado, que ultrapassar o valor de 10 (dez) salários-mínimos, ou seja, R$ 15.180,00 (quinze mil cento e oitenta reais), só poderão ser pagos na ordem cronológica de apresentação dos precatórios judiciários.
O Sindicato que representa a categoria afirma que o valor apresentado pela prefeitura referente aos Precatórios do Município estão muito além do anunciado e trata-se de aproximadamente R$ 269 milhões, montante que se refere apenas aos processos judiciais somente com servidores municipais.
Enquanto Nota de Repúdio circula nas redes sociais denunciando a ingerência da Secretaria de Cultura, o sonho embebecido baila no palco da festa de 2025. Viva a Cultura!
Com informações Tv Jequie
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